Birruga

Verrugas são coisas... Coisas... Coisas, tipo... Eu não sei como dizer. Porque ao mesmo tempo que são nojentas, são interessantes, são asquerosas e são charmosas. Eu, por exemplo, tenho uma verruguinha nas costas que acho super charmosinha (tudo no diminutivo mesmo). Em contrapartida, hoje atendi uma mulher que tinha uma mega verruga no canto esquerdo da boca, com vários cabelos saindo dela. E como já se tratava de uma senhora de idade, alguns deles já estavam brancos. Ela ia falando e eu absorta naquela porção de carne por cima do lábio, com vários fios de pelos pretos e brancos...

Já falei aqui que minha obrigação é fazer o cara-crachá das pessoas. E ao fazer o dela verifiquei que aquela verruga sempre existiu ali. Quando vemos um negócio desses pensamos que se trata de uma exclusividade dos velhos, não é mesmo? Nomes próprios são outro exemplo de coisas exclusivas de velho. Você consegue imaginar uma criancinha chamada Adamastor? Emengarda? Apolônio? Perfídia? E hemorróidas, então? Falou em hemorróidas, falou na terceira idade! Àquela altura eu quase não escutava o que ela dizia, só ficava imaginando como se formou tudo aquilo, como foi a infância daquela mulher, e, pior, a adolescência. Tá certo que naquela época não existia essa beijação que é hoje entre os jovens, mas mesmo assim os homens imaginavam e tinham desejo (ou não, né? vai saber...). Você, amigo homem, imagine-se agora dando um super beijo numa boca com uma verruga cabeluda roçando em você. Bacana, né?

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