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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Água morna em 2014

Eu gosto de tomar banho em água morna. Posso, inclusive, dizer que esse tem sido o meu maior prazer: tomar banho em água morna. Que se dane se envelhece a pele! Tem sido o meu único prazer e não vou deixar de fazê-lo. E é justamente isso que me preocupa: o único. Meu Deus, o meu único prazer tem sido um banho de água morna! É muito pouco, não?! Sim, me admiro com a falta de prazeres que ando "não vivendo". Falta-me emoções, aventuras, descobertas... tudo está exatamente como o meu banho: morno. Minha culpa? Talvez. O que se esperar de uma empregada pública de banco com um filho para criar? Não posso me permitir muitas coisas novas e extravagantes... a vida comedida (e morna) por enquanto tem sido a melhor opção. O que desejar para 2014? Um emprego com atividades eufóricas? viagens a lugares interessantes? uma paixão arrebatadora? Não sei se desejo tudo isso... Queria, na verdade, apenas encontrar o prazer no pouco que tenho. Comer meu feijão com arroz e sentir seu sa

Natal, parte II

2013 foi um ano de realização para mim. Comprei uma casa. E, consequentemente, um ano de endividamento. Meu lema: Deus provê, Deus proverá. Vou trabalhar, dar duro e colocar as finanças em dia. Entretanto, para que isso aconteça precisarei de uma moderada dose de controle. Muito bem, onde o Natal entra nessa bagaça toda?! Entra quando o filho pede um presente muito além da sua capacidade financeira para o momento. Pedro Paulo está numa fase Bendézica, tudo do Ben 10!!! Viu um tal carrinho de controle remoto do Ben 10, um Anfibious, e alucinou... surtou de vez... saiu pedindo o tal carrinho pra todo mundo! Atirando para todo lado! -Filho, o carrinho é muito caro. A mamãe não pode comprá-lo para você. -Ah, você dá um pouquinho de dinheiro, a vovó dá um pouquinho de dinheiro, o vovô dá um pouquinho de dinheiro e a gente compra ele! Apesar de ficar tocada com as noções de cooperativismo do meu filho, além da questão financeira, não acho correto dar um presente tão caro a uma

Natal, parte I

Tentando intimidar/chantagear meu filho: -Rêêê, fiiilho... O que será que Papai Noel ia pensar se visse isso que você fez, hein? -Não quero saber da opinião dele. Eu quero é o presente.

Joio e trigo

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Hoje eu conversava com uma amiga sobre coerência. Ser coerente é não discrepar em suas falas, pensamentos e/ou atitudes. É ser condizente nesses três aspectos. Fácil? Não, não é. Mas a incoerência chama mais a atenção do que aquela maldita casquinha de feijão preto no dente ou do que um sapato fúcsia.  Eu mesma vivo reparando as pessoas e julgando-as. Não todos. Tenho os meus preferidos. Gosto dos hipócritas. Gosto daqueles que acham que não estamos vendo o que estão fazendo. Gosto de julgar mentalmente e condenar à prisão perpétua.  Imagine vocês um pastor. Um ídolo para seus fiéis. Uma reputação ilibada que prega a mais alta moral entre seus súditos... comendo menininhas fora do casamento. Imagine o chefe, algoz dos bons costumes na empresa. Implicado até com os que deixam o posto momentaneamente para ir ao banheiro, implacável com as horas extras na empresa... roubando dos próprios sócios. O gostosão pagando de bacana, comendo em lugares chiques, viajando mundo a fo

Saída pela tangente

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O Leão da Montanha foi um ícone na criação de muita gente. -Saída pela esquerda! - dizia ele. Tangenciar também é ótimo negócio para os evasivos. Flerta com o cateto oposto e com o cateto adjacente ao mesmo tempo. Não concordo, nem discordo... muito pelo contrário. Dúbio até mandar parar. Sei ser evasiva quando me convém, mas o fato é que, na maioria das vezes, prefiro enfrentar. Homem é diferente. Para eles a melhor saída e mais rápida é sempre correr. Corra, Forrest, corra! Leão da Montanha é masculino. Forrest Gump é masculino. Basta digitar a expressão "Tô caindo fora" no Google e verá a resposta : os cinco primeiros resultados são de músicas cantadas por homens, a sexta é cantada pela Ana Carolina (o que dá quase na mesma). Portanto, é com toda propriedade, vivência e conhecimento de causa que afirmo que homens são evasivos. Entretanto, há alguns piores que outros. Há aqueles que não evadem apenas no sentido de dar um retorno esperado diante de uma situa