A chegada do sol, parte I
Da janela ela via uma pontinha da lua. Tão alva, tão distante, tão linda. Olhá-la proporcionava-lhe uma sensação de bem-estar. Era como se aquele satélite lesse o que se passava dentro dela e preenchesse o imenso vazio que sentia durante o dia. Mas a noite sempre vinha e com ela a alva lua, enchendo-lhe o coração de alegria solitária e paz.
Mas um dia a luz se apagou. Não sabemos se apagou ou se a mulher deixou de notá-la... estava tão absorta por outra alegria que, de repente, entrava na sua vida.
Era ele. O cabelo não era loiro, nem preto. Espera. Tinha cabelo? Ela não se lembra. A única memória que lhe vem à cabeça é a do seu coração palpitando. Espera. Tinha cabelo, curto, sim era curto. Barba por fazer. Olhar tímido. Bonito.
Ele se senta e a lua se vai - para longe dos olhos da mulher.
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