A despeito do post anterior senti a necessidade de responder a dois comentários. Primeiramente, o Biotônico era o inverso do Emulsão Scott. Enquanto este tem um desprezível gosto de óleo de fígado de bacalhau, aquele tinha gosto de pinga. Sim, o Biotônico, assim como o Sadol, era para nós crianças, o que a cachaça era para o Mussum, ou seja, o "mé"! Era uma delícia! Aquele gostinho que ficava na boca... hummm... não tava nem aí se tava tomando ferro (não literalmente, pelo amor de Deus!), eu queria era beber. Tomava uma colher de sopa antes das refeições e, às vezes, uma gole escondido. O segundo comentário versa a respeito de fazerem um Biotônico Ice. Até imaginei... Jesus! Com duas pedrinhas de gelo e umas folhinhas de hortelã... a deficiência de ferro já era! Mas o assunto Biotônico me faz lembrar de uma parte trash da minha infância. Aos dez anos eu tive reumatismo no sangue. Tomava várias Benzetacis por mês - e quem já tomou sabe que não há injeção pior no mundo. Até aí ...
Ontem me senti muito despreparada religiosamente para ensinar qualquer conceito religioso ao meu filho. Voltávamos de um passeio e Pedro vinha resmungando pelo caminho, como habitualmente o faz quando algo não sai do seu agrado. -Papai do Céu, eu quero que você ponha todos os meus amiguinhos de castigo porque eles estavam brincando com os meus brinquedos... -Que que foi, meu filho? -Nada, não, mãe. Tô falando com Papai do Céu. -Tá pedindo chuva pra nós? -Não. Tô falando pra ele colocar meus amiguinhos de castigo porque eles estavam brincando com as minhas coisas. Mãe, como é que o Papai do Céu põe a gente de castigo? (engoli seco) -Uai, meu filho. Acontece algo pra gente que a gente fica triste. Isso pode ser um castigo do Papai do Céu. Tipo, se você não deixa seus amiguinhos brincarem com seus brinquedos, aí um deles quebra. Isso é castigo porque você não dividiu. -Se Papai do Céu quebrar um brinquedo meu, eu falo pros anjinhos lá no Céu botarem Ele de castigo! -Mas...
Eu já trabalhei com cobrança no banco e sei que cobrar é chato. Entretanto, para quem está do outro lado é muito pior. O fato é que somos cobrados o tempo todo. Pela família, pelos amigos, pelo trabalho, pela sociedade, por si mesmo... A sociedade tem poder de exercer uma pressão velada nas pessoas, que se o neguim não for muito confiante em si, ele surta. Por exemplo, quando somos crianças todos nos perguntam o que vamos ser quando crescer. Por que a criança deve ter noção de algo que ainda está tão distante dela? É exigir muito querer que ela te responda qual será a profissão dela dali a vinte anos. E, se porventura, ao longo desse período a criança mudar de ideia, não faltarão pessoas para dizer "ué, mas você não disse que queria ser médico?" Disse, caramba! Há quinze anos atrás! Não tenho o direito de mudar de opinião? Daí, quando alguém está namorando, logo começam a perguntar quando será o casório. Ô perguntinha chata! Então, quando finalmente se casam, cedendo às press...
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