Natal, parte II

2013 foi um ano de realização para mim. Comprei uma casa. E, consequentemente, um ano de endividamento.
Meu lema: Deus provê, Deus proverá. Vou trabalhar, dar duro e colocar as finanças em dia. Entretanto, para que isso aconteça precisarei de uma moderada dose de controle.
Muito bem, onde o Natal entra nessa bagaça toda?!
Entra quando o filho pede um presente muito além da sua capacidade financeira para o momento.
Pedro Paulo está numa fase Bendézica, tudo do Ben 10!!! Viu um tal carrinho de controle remoto do Ben 10, um Anfibious, e alucinou... surtou de vez... saiu pedindo o tal carrinho pra todo mundo! Atirando para todo lado!
-Filho, o carrinho é muito caro. A mamãe não pode comprá-lo para você.
-Ah, você dá um pouquinho de dinheiro, a vovó dá um pouquinho de dinheiro, o vovô dá um pouquinho de dinheiro e a gente compra ele!
Apesar de ficar tocada com as noções de cooperativismo do meu filho, além da questão financeira, não acho correto dar um presente tão caro a uma criança de 4 anos. 
Pois bem, mas mães são criaturas iluminadas pela criatividade divina e acho que me saí muito bem. Leiam a história:
Domingo à tarde fomos ao shopping e ele pediu o tal carrinho ao Papai Noel - que a propósito, fez um sinal de positivo com a mão, Papai Noel Filho da Puta! Fica fazendo positivo pras crianças... e os pais que se virem/ferrem, né, Bom Velhinho Sacana? À noite, para reforçar o propósito, ele escreveu uma carta para o Fela e pendurou na janela. No outro dia de manhã peguei a tal carta, uma folha com vários círculos... que quem visse pensaria que ele estava pedindo um saco de bolas de gude, mas enfim...
Quando acordou, foi olhar na meia da janela se o Papai Noel havia pego sua carta.
Pois bem, cá estava a mãe, com uma carta, um desejo, um princípio e quase nenhum dinheiro. Mas eis que tudo é providencial. No banco estava acontecendo um bazar e o que encontrei por lá? O quê? Não, não era o Anfibious que ele queria, mas era um carrinho de controle remoto do Ben 10, pelo preço de 10% do pretendido. Comprei-o e torci para que desse certo.
Embrulhei e pendurei na janela, na noite de segunda para terça mesmo... porque queria logo ver a reação dele, se ia colar ou não. 
Foi linda a reação. Ele adorou! Ficou super feliz com a passagem do Papai Noel que trouxe o que ele tinha pedido! Foi tão lindo quanto na Páscoa quando fiz as pegadinhas de coelho até o ninho de ovos de chocolate.
Ser mãe tem sido uma das melhores experiências da minha vida. A inteligência do meu filho me encanta dia após dia. E é curioso como a gente se doa e se supera com essas coisinhas de Deus.
Espírito natalino deve ser isso, reconhecer a grandiosidade de Deus nas pessoas... Eu faço isso por meio do meu filho.

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