Joio e trigo

Hoje eu conversava com uma amiga sobre coerência.
Ser coerente é não discrepar em suas falas, pensamentos e/ou atitudes. É ser condizente nesses três aspectos.
Fácil?
Não, não é.
Mas a incoerência chama mais a atenção do que aquela maldita casquinha de feijão preto no dente ou do que um sapato fúcsia. 
Eu mesma vivo reparando as pessoas e julgando-as. Não todos. Tenho os meus preferidos. Gosto dos hipócritas. Gosto daqueles que acham que não estamos vendo o que estão fazendo. Gosto de julgar mentalmente e condenar à prisão perpétua. 
Imagine vocês um pastor. Um ídolo para seus fiéis. Uma reputação ilibada que prega a mais alta moral entre seus súditos... comendo menininhas fora do casamento.
Imagine o chefe, algoz dos bons costumes na empresa. Implicado até com os que deixam o posto momentaneamente para ir ao banheiro, implacável com as horas extras na empresa... roubando dos próprios sócios.
O gostosão pagando de bacana, comendo em lugares chiques, viajando mundo a fora, só na bebida importada e roupas de grife... devendo cheque especial, cartão de crédito e consignado para o banco e com nome sujo na praça.
Sim, amigo leitor, eu gosto de julgar grandes casos como esses. 
Não fico me atendo a eventos esporádicos e justificados de corrupção, pecadinhos cotidianos, mesmo porque, eu também peco. Mas a minha diversão está em observar até que ponto esses incoerentes conseguem levar seus feitos. O pastor vai pegar as menininhas até que alguma fiel o denuncie e sua reputação seja abalada para o resto da vida? O empresário vai roubar do sócio até que o outro perceba que algo está errado? O gostosão vai assumir que metade das coisas que ele tem não são, de fato, dele?
Escrevendo essa lorota, lembrei de um hit dos anos 90: 

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