Errando que se aprende

Briguei com minha mãe. Todo mundo briga com as mães. Mas me sinto com muito remorso. Eu não devo brigar com ela. Sei que tudo fica insuportável e estafante às vezes. Aquele excesso de zelo, a preocupação exacerbada, a insistência em gerenciar a minha vida, tudo isso é comum a muitas pessoas e acabamos por falar coisas duras demais para ouvidos tão bons e que nos amam tanto. Não só os ouvidos dela me amam, e sim, ela como um todo! E o pior, eu sei disso! É nesse momento que sinto um remorso tão grande que parece que vai me comer de dentro pra fora. 

A função do amadurecimento é não permitir que cometamos os mesmos erros vezes seguidas. E não quero incorrer novamente no erro de só dar valor depois de perder. Eu já perdi duas pessoas a quem amei muito. Uma por força do destino, outra por não saber lidar com as circunstâncias. Mas eu não me arrependo das decisões que tomei. Elas foram de fundamental importância para eu perceber isso que vos transcrevo hoje. Posso ver as coisas sob uma ótica diferente depois que a tempestade passa. Esse é o mote da coisa. As ocasiões surgem para nos mostrar onde devemos melhorar e, se tivermos uma nova oportunidade, tentar fazer melhor.

Na relação com a minha mãe nos falta humildade. Tenho aprendido a ser humilde na marra, suplicando a ela que fique com meu filho em algumas ocasiões que não posso levá-lo. É obrigação dela? Não, é um favor. E como me dói pedir favores... Meu filho veio para me ensinar que não sou tão auto-suficiente quanto pensei que eu fosse. Eu preciso de ajuda em boa parte do tempo e isso fere meu ego como o golpe de um punhal. Tome essa! E mais essa! E essa outra!

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